A Matonense precisou desocupar o Estádio Hudson Buck Ferreira após três décadas de uso, devolvendo as chaves à Prefeitura de Matão. O clube, que não teve a concessão renovada, agora vê o estádio ser destinado para eventos da comunidade local.
O cenário dentro de campo também não é dos melhores. Em 2025, a equipe amargou o rebaixamento à quinta e última divisão do futebol paulista sem vencer sequer uma partida na Série A4.
Foram 14 derrotas, com a última por W.O., e apenas um empate. A seca de vitórias já dura mais de dois anos, sendo o último triunfo registrado em abril de 2023, diante do EC São Bernardo.
MOMENTOS MARCANTES
Apesar da fase ruim, a torcida carrega na memória os anos 1990, período em que a Matonense subiu da Série B1 até a elite estadual em apenas três temporadas.
O clube contou com nomes como Zé Carlos, ex-São Paulo e Seleção, além do volante Júnior, hoje Dorival Júnior, atualmente no Corinthians. O goleiro Rafael, campeão brasileiro pelo Fluminense, também defendeu o time recentemente.
A equipe esteve na Série A1 por cinco anos, incluindo a temporada de 2001, quando teve o atacante Grafite no elenco. No entanto, o rebaixamento em 2002 marcou o início de uma longa crise financeira, sem conseguir retornar à elite do estadual.
REBAIXAMENTO E SUSPENSÃO
Nos últimos anos, a Matonense buscou parcerias para manter o futebol ativo e, em 2025, passou a ter seus departamentos profissional e amador sob gestão da Maranata Sport. A parceria, porém, foi encerrada ainda durante a disputa da Série A4.
Em 2024, o clube já havia sido rebaixado na Série A3, sendo suspenso pelo TJD-SP sob suspeita de manipulação de resultados.
A reta final foi marcada por derrotas por W.O. e, mesmo absolvida posteriormente, a equipe teve cinco jogadores suspensos de 180 a 360 dias, condenados por “atuarem deliberadamente de modo prejudicial à equipe que defendiam”.
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