No Domingo 17/08, tem a tradicional prova Troféu Anésio Argenton de ciclismo, organizada pela Copa SP de Ciclismo e válida pelo Ranking Paulista prova que leva o nome de um dos maiores ciclistas da história que esse País já teve, e que até hoje é detentor do melhor resultado da história do País em Jogos Olímpicos e Pan Americano.
Como os amigos do Pelote Ciclismo brilhantemente noticiaram, é uma prova voltada para todos, e como nós do Camisa Amarela amamos o passado e o presente da modalidade hoje vamos contar um pouco dessa grande prova, além de ser a prova mais antiga em Atividade no Interior de SP.
Uma prova com mais de 80 anos de existência
A prova que hoje se chama Troféu Anésio Argenton, teve diversos nomes mas sempre um ponto em comum, sempre foi disputada na semana do aniversário de Araraquara (22 de Agosto). O primeiro relato de uma prova ciclística disputada nas festividades da cidade é datado de 1941, onde houve a “corrida de ciclismo de 30 quilômetros”, vencida por Adolfo Fechio (quem acompanha o Camisa Amarela já deve ter visto sobre o primeiro grande Adversário do Argenton).
Em 1946 tivemos a primeira edição da “Grande corrida de bicicletas”, que era uma prova disputada nas duas principais ruas da Cidade, Rua São Bento e Rua Nove de Julho, com largada e chegada em frente o então Largo de Santa Cruz, em frente a Igreja Matriz de São Bento, local da criação da Cidade. Em suas primeiras Edições, algumas das principais equipes do Estado de São Paulo como o Velo Clube de Santo Andre, a equipe do CVSAC de Santos, da General Motors de São Caetano, C.C Alda Alegrini, Metalurgica Matarazzo, São José do Rio Preto e obviamente a Ferroviária de Araraquara.
Durante os anos 50 a prova se manteve com o Status de uma prova importante, mas sem as duas principais equipes do Estado, Caloi e Pirelli, até que em 1958 na décima segunda edição da “Grande Corrida de Bicicletas” o cenário mudou. As grandes forças do ciclismo Nacional a época Caloi, capitaneada por Argenton e Pirelli mandaram suas equipes, além da forte equipe de ciclismo do Palestra Italia, hoje conhecido por Sociedade Esportiva Palmeiras sem esquecermos da Equipe da Associação Ferroviária de Esportes. A prova, vencida por José de Carvalho da Caloi e teve um agora Veterano Adolfo Fecchio em nono lugar sendo o melhor ciclista das equipes do interior, para o delírio de aproximadamente 3000 presentes. A disputa foi considerada por muitos ciclistas a prova mais difícil de um dia do calendário Paulista de ciclismo.
Nos anos 60, a “Grande corrida de bicicletas” passou a chamar “Grande Volta de Araraquara”, que perdurou por grande parte da década, contando com equipes de todo Estado de SP, assim como nos anos 70 e 80, onde em algum momento a prova passou-se a chamar “Prova Ciclística 22 de Agosto”, e por onde passaram diversos nomes importantes do ciclismo Nacional. Outra mudança importante foi o local, nos anos 80 com a inauguração da Via Expressa, a avenida mais longa da Cidade, a prova passou a ser disputada lá, que anos mais tarde tornou-se um lugar clássico do ciclismo nacional, onde ocorreram etapas de Campeonato Paulista, chegadas de Etapa de Volta do Estado de São Paulo, disputas das provas de ciclismo dos Jogos Regionais e dos Jogos Abertos do interior de SP. Um adendo importante, a Via expressa de certo modo foi o Berço de muitos ciclistas importantes da cidade, que sempre teve equipes competitivas em alguns momentos estando entre as 5 melhores do Estado e que revelaram vários talentos importantes para a modalidade, como o Campeão Pan Americano sub-23 de Contra Relógio Elivelton Pedro, a Vencedora da 9 de Julho de 2001, Jaqueline Mendonça e um dos maiores nomes do Paraciclismo Brasileiro, Lauro Chaman. Ainda por ela correram grandes nomes do ciclismo Nacional como Luciano Pagliarini, Murilo Fischer, Marcio May, Gabriel Sabbião, José Reginaldo Cardoso “Batateiro”, entre tantos outros.
Em 1998 a prova tem um adendo importante ao seu nome, passa a se chamar “Prova Ciclística 22 de Agosto/Troféu Anésio Argenton”. Em 2001 a prova ciclística 22 de agosto volta ao seu trajeto original, largando na rua São Bento e retornando pela nove de julho, no que foi um “revival” bem legal dos tempos de Argenton e Fechio. Ainda durante os anos 2000, a prova continuou existindo, e sob projeto de lei número 5603 de 30/03/2001 do Vereador Edmilson Nola Sá (In Memorian), oficializou a prova perante o Município, algo que ajuda a garantir a existência da mesma. Em 2014 foi promulgada a Lei Ordinária número 8299, de autoria do Vereador Aluisio Braz, que inseriu a prova no calendário oficial de festividades de aniversário da Cidade, Nesse período a prova contou sempre com equipes fortes do Estado de SP e algumas equipes de outros Estados do País.
Desde 2009 a prova é organizada pela Copa SP de ciclismo, onde em suas 13 edições desde então (a prova não foi realizada em 2015,16 e 20), tendo algumas edições válidas pelo ranking nacional de ciclismo e contando com grandes nomes da modalidade não só na Elite, mas também nas categorias de formação. Passaram pela prova desde então, Lucca Marques, Ruan Guillen,Igor Molina, Victor de Paula, Lauro Chaman, Elivelton Pedro, Gideoni Monteiro, Jaqueline Mendonça, Valquiria Pardial, Camila Coelho, Danilas Ferreira, Antonio Nascimento o “Tonho” entre tantos outros grandes nomes da modalidade. Os maiores vencedores da prova de 2009 pra cá são Lauro Chaman e Victor Fusi com 2 vitórias e Valquiria Pardial com 3 vitórias.
A edição de 2025 acontecerá no domingo dia 17 na Avenida Manoel de Abreu, para maiores informações a Copa SP está no @Copa São Paulo De Ciclismo
Anesio Argenton recebendo Homenagem em vida na prova de 2010
Cartaz da prova de 2025
FONTE/CRÉDITOS: Camisa Amarela
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