Depois de 50 anos, sugestão de Diaféria retrata momento atual da Locomotiva
Jornalista, contista, católico, cronista e apaixonado por futebol, Lourenço Carlos Diaféria (1933 -2008), empolgado com as campanhas de Associação Ferroviária de Esportes nos campeonatos paulistas de 1967, 1968 e 1969, quando a Locomotiva conquistou o tricampeonato do Interior, escreveu uma crônica no jornal Folha de São Paulo elogiando o futebol afeano envolvente e sugerindo o hasteamento solene da bandeira grená na Praça de Toledo, ao lados dos pavilhões do Brasil, do estado de São Paulo e do município de Araraquara.
Durante os anos dourados da Ferroviária, o País vivia uma turbulência política constante e Diaféria foi preso pelo regime militar, por conta de uma crônica, que abordava o heroísmo de um sargento ao salvar uma criança no zoológico de Brasília. Em 1970, Araraquara tinha 100 mil habitantes e 20 mil prédios residenciais.
Depois de 50 anos, a Ferroviária foi desvinculada do berço da ferroviária, passou a ser administrada por diretores da cidade com atuações no comércio, na indústria, no Direito, na Medicina, na Engenharia e mais recentemente por grupos profissionais de gestão esportiva.
Em 2023, a cidade tem 250 mil habitantes e mais de 70 edificações residenciais. Araraquara voltou a brilhar no noticiário nacional com o acesso do elenco profissional da Ferroviária à Terceira Divisão do Brasileiro e a disputa do título nacional feminino contra o Corinthians, nesse inesquecível 10 de setembro.
Os próximos desafios para 2024 estão lançados: retornar à elite do Paulistão e o acesso a Segunda Divisão do Brasileiro. Mais que um time, somos uma cidade é o slogan da direção grená. E uma bandeira, acrescenta Lua Quero-Quero.
Diaféria segue vivo na memória deste torcedor que viu tudo isso bem de perto. A bandeira da Ferroviária é um símbolo de Araraquara e deve ser hasteada em todas as praças além da Pedro de Toledo, palco de comemorações e serestas, no século XX.
FONTE/CRÉDITOS: Lua Quero-Quero
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